terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
30 assassinatos durante greve podem ter sido cometidos por PMs
Durante os 12 dias de greve da polícia militar na Bahia, 45 dos 187 assassinatos registrados até a segunda (13), pela polícia na Grande Salvador têm características de extermínio, informou o delegado Arthur Gallas, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo reportagem do A Tarde o delegado suspeita de que “25 a 30” destes casos tenham a participação de militares.
Segundo Gallas, as ações são características de seguranças clandestinos bancados por comerciantes de bairros populares. Até agora, apenas cinco - os moradores de rua mortos na Boca do Rio - dos assassinatos ocorridos durante a paralisação foram solucionados. “Tivemos que analisar e separar o que foi ocasionado em decorrência da greve e aqueles que foram praticados independentemente dela. A ligação com os grevistas está em investigação, ainda não temos essa ligação”, afirmou o secretário de segurança pública Maurício Barbosa.
Questionado se os casos de extermínio apontam para a existência de grupos criminosos organizados, como milícias, o secretário disse que “tudo agora é especulação. Se há temos que investigar”.
Corregedoria - Em meio ao cenário de suspeita do envolvimento de militares com execuções, o governador Jaques Wagner admitiu que a Corregedoria da Polícia Militar é uma estrutura defasada. “Preciso fortalecer minha Corregedoria para separar os bons policiais dos maus”, disse.
Quanto à imagem da Bahia após a greve, Wagner disse: “A imagem continua de uma gente hospitaleira, pacífica, que recebe bem, onde todo mundo se sente em casa. É bom lembrar que têm muitos turistas aqui. As pessoas sabem que [o ocorrido] é uma coisa pontual. Não dá para desconhecer que perturba. Mas não [devemos] generalizar e banalizar”. (Bocão news)
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