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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

CARNAVAL DE MARAGOJIPE-BA E SUAS CONFUSÕES

Se o Caetano imortalizou a alegria de se pular atrás do trio elétrico é porque os tempos eram outros. Não menos violento, mas muito mais romântico. O carnaval de Maragojipe tem duas faces e uma delas precisa ser repensada urgentemente. A face do trio elétrico, que por muito tempo fez a alegria do povo, em 2012, fez muita gente chorar e se arrepender de ter ido atrás dele. É que a violência, que não chega no circuito do centro, onde as marchinhas dão o ritmo faz vítimas a taxas altas. A música, o álcool e a agitação transforma o trio numa máquina potencializadora de socos, murros e facadas. Em 2012 muita gente ficou com o olho roxo ou outro tipo de trauma, ainda, para completar, foram registrados 2 homicídios relacionados ao carnaval. Bastou 5 minutos para registrarmos uma confusão que desconhecemos o desfecho. Um jovem, de aparentes 19 anos, tentando ser contido por familiares, foge pela janela, escala um poste e corre com uma faca na mão para se vingar de um soco que havia levado minutos antes.
Com cenas assim, quem perde é o outro lado do carnaval. Claro, ninguém deve ser obrigado a gostar da festa mas tradicional, entretanto se for para o bem do cidadão, o melhor seria banir o trio elétrico nos moldes que conhecemos hoje em nossa Maragojipe. Da mesma forma como as máscaras foram repaginadas, está na hora de repaginar o trio.
Fonte: Enadio Careca

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